segunda-feira, 22 de março de 2010

A chave é de Jesus ou do rei Momo?

Prefeito entrega a chave da cidade ao Senhor Jesus!”
Li esta manchete num jornal evangélico local. Pensei logo: “Cornélio Procópio já completou 74 anos de existência, somente agora o prefeito entregou a chave a Jesus”. E perguntei a mim mesmo: “E durante todo esse tempo, a chave da cidade era de quem?” É possível que nem tinha dono, mas doravente, com certeza, estará em boas mãos.
Entregar a chave da cidade aos deuses, a um reino amigo ou inimigo, representava a entrega total, a rendição incondicional ou uma demonstração de confiança, amizade e consideração sincera. Na antiga cidade de Éfeso, no litoral leste do Mediterrâneo, religiosos haviam entregue a chave à deusa Diana, proclamando-a padroeira da cidade. Construiram-lhe um templo tão suntuoso que se tornou uma das sete maravilhas do mundo antigo.
Alexandre Magno (352-389Ac), depois de vencer os persas na batalha de Arbelas (311), marchou por todo Oriente Médio. Chegando há alguns quilômetros da pequenina Jerusalém, o sacerdote (a cidade estava sem rei), mandou uma comitiva ao encontro do grande guerreiro para dar-lhe as boas vindas, oferecendo-lhe presentes e entregando-lhe a chave da cidade. Alexandre entrou pelos portões abertos em clima de festa, poupou o povo da sua fúria e ainda ajudou o sacerdote com muitas doações de seus tesouros.

A chave de Cornélio Procópio foi primeiramente entregue ao rei momo. Todo ano, o supremo mandatário do régio império carnavalesco recebe a chave e a cidade fica por conta da folia, oficialmente, durante quatro dias para sua majestade fazer o que quiser com a cidade e seu povo. Uma festa de porteira escancarada para tudo e para todos.
Agora, a chave foi entregue ao Senhor Jesus. Ninguém poderá dá-la a outrém, muito menos ao rei Momo. Pergunta-se: “será que o prefeito atual e os outros que virão respeitarão a cidade como propriedade de Jesus?” Ou ignorarão ato tão significativo e a entregarão novamente ao rei do carnaval, demonstrando com isso que autoridades e povo não entenderam nada, fazendo de toda aquela cerimônia um ato meramente político. Isso, só o tempo dirá.

2 comentários:

  1. caro milton!
    o facto do prefeito entregar as chaves da cidade aos evangelicos como aconteceu recentemente, prova que éssa falsa religião vinculada ao estado é pura paraférnalia e o que mais me intriga é o facto de que vc louva esta atidade de politicagem usando até mesmo o nome de jesus. o prefeito disse que vai doar terreno para construção de templos e isso é somente gambiarra politica. dai a cesar o que é de cesar, disse jesus, a alem disso disso o que o mundo jaz no maligno e creio eu que jesus crsito não ésta nada interessado na porra da chave desta bosta de cidade. jesus disse que seu reio não éra este.
    isso prova que vc é um membro destas falsa religiões montadas para se ganhar dinheiro, se ao contraio fosse vc estaria ainda na igreja metodista, mas vc não quis obedecer o pastor acidy naquela época e saiu e virou um piolho de igreja e veio com seus livrinhos. tu me cansa realmente. mas como cristão sou tolerante. responda me atravez de : perkelevito@hotmail.com

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  2. Sr. Milton, quanta erudição, quanta riqueza de intelctual. Mas quão pouco entendimento. Com todo respeito que o sr. merece, mas o "anônimo tem plena razão em seu comentário. Não se pode chegar à fé autêntica em Cristo pela mediação da inteligência sagaz, quão pobre é a erudição quando tem por finalidade tomar o reino de Deus com a brilhantez discursiva da razão. Que tu ainda possas ter tua queda na desilusão, e ter recolhido da vaidade o teu espírito, e a partir daí seres guiado apenas pelo Espírito de Deus, em pobreza de espírito, não alçando-te às coisas elevadas, mas preferindo as humildes, não se importando ou querendo ser tomado pelos homens como um sábio, e muito menos assim tomando-se a si mesmo. Isto é a vontade de Deus. Que o Senhor Jesus nos ajude e nos guie pelo caminho estreito, sempre nos recordando que a largueza espaçosa dos caminhos que se entrecruzam nas paragens sedutoras do mundo não conduzem ao reino dos céus, o qual não é desse mundo. Não há possibilidade alguma de afinidade entre a Palavra e os interesses humanos referidos à vida tranquila e segura no mundo. Antes o amor à Deus significa que o que deseja obedecer sua Palavra deve mesmo odiar-se a si mesmo e ao mundo, tornando-se em referência a este como "um morto" para toda sua vaidade e orgulho, porque da perspectiva da fé em Cristo, nossa estadia aqui deve testificar que somos apenas peregrinos e que, por isso, não temos tempo par lutar por um posto seguro de onde possamos confortavelmente integrados ao mundo e participantes de sua "mundanidade", ensinar, então, as lutas e amarguras e aflições e perseguições por que passaram os que lutaram pela fé, e como diz Paulo, combateram o bom combate, não pelas coisas terrenas que dão honra e fama perante os homens, mas pelas coisas do alto, as quais exigem a vida dos que as almeja possuir um dia, quando tudo tiver chegado ao fim. E toda vaidade e ilusão das obras humanas tiverem sido provadas e destruídas pelo fogo devorador do juízo de Deus. Desejo-te a graça e a paz da parte do Senhor Jesus e de nosso Deus. Amém

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